(Tradução de Heber Costa)
Nas sessões de suave silêncio estudado,
Evoco lembranças de cada prisco evento,
Lamento a ausência do por mim buscado,
E velhas mágoas vertem-me valioso tempo:
Então, afogo meus olhos, áridos de costume,
Por irmãos ocultos na noite eterna da morte,
E de novo choro as mágoas que o amor reúne
E lastimo a perda daquilo que jamais volte:
Então, posso de antigos lutos enlutar-me,
E, mórbido, recontar de pranto em pranto
O triste relato de um desolado desaire
Que outra vez sofro, sofrendo outro tanto.
Mas, se por instantes penso em ti, querida,
Toda perda se restaura, toda tristeza finda.
* * *
Sonnet XXX
When to the sessions of sweet silent thought
I summon up remembrance of things past,
I sigh the lack of many a thing I sought,
And with old woes new wail my dear time's waste:
Then can I drown an eye, unused to flow,
For precious friends hid in death's dateless night,
And weep afresh love's long since cancell'd woe,
And moan the expense of many a vanish'd sight:
Then can I grieve at grievances foregone,
And heavily from woe to woe tell o'er
The sad account of fore-bemoaned moan,
Which I new pay as if not paid before.
But if the while I think on thee, dear friend,
All losses are restored and sorrows end.
Nenhum comentário:
Postar um comentário