Do trago travoso que trazes
Debaixo d’adega de tua axila,
Só te resta a embriagada tristeza
E míseras gotas da tua agonia.
A Indiferença é quem te ouve
Com uma atenciosa distância.
O Abandono é quem te abriga
Sob o teto da Desesperança.
Da desgraça eterna que te cerca
Ao menos uma não te imputarão:
Quase nunca te verás sozinha
Na companhia terna da Solidão.
5 comentários:
Quando vi que tinha postado eu corri para ler.As palavras me pegaram desprevenida. Acabei de sair de um ensaio que o tema era esse. Que bela e coincidente surpresa!
Solidão a dois... será este o pior tipo de solidão?
Ou na multidão, ou na escuridão dos próprios desenganos...
Como diria Obama: "That's my man". Parabéns, velho. Poemasso!
Heberrr! Adorei o poema!! Acho que eh a primeira vez que li seu blog! Voce nunca mostrou este seu lado tao poeta na faculdade heheheh. bjosss e saudades.
Muito bom poema.
Seu admirador e amigo,
Paulo Gustavo
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