
Imagem: Antonis Sarantos
Alguém já disse que o bom e o ruim da vida é que tudo passa. Poderia ser o subterfúgio perfeito para preencher o cotidiano de um carpe diem cheio hedonismo e consumo desenfreado. Para aqueles que têm um vazio infinito entre as costelas, porém, o dia en passant é só uma sensação angustiante de que está deixando de fazer algo que a vontade imprecisa define como qualquer coisa. A ironia é que, quando livres das obrigações, fazer nada parece sempre a opção que restou e é servida junto com pensamentos do que falta fazer. É questão de debulhar logo as horas pra chegar no próximo compromisso e depois dizer que está muito ocupado catando-as pelo chão. Pra quê, afinal?